É Natal! O significado do nascimento de Jesus

É Natal! As pessoas correm de um lado para o outro preocupadas com os preparativos desta festividade que movimenta as famílias em diversas partes do mundo. O que se observa é que diante da agitação deste dia festivo, muitos, lamentavelmente, sequer lembram de Jesus, o que evidencia uma contradição. Lembram-se da comida, da bebida e dos presentes, mas o coração está longe de Jesus. Entendemos que o Natal pressupõe ter Jesus como personagem principal desta comemoração. Certamente, o Natal foi banalizado pela sociedade, contudo, sabemos que o nascimento de Jesus é um evento histórico importante para a fé Cristã, foi registrado nas Escrituras Sagradas, e, portanto, deve ser lembrado. É verdade que não sabemos o dia do nascimento de Jesus, e certamente, não foi 25 de dezembro, mas o fato é: Jesus nasceu. Em várias partes do mundo se comemora o Natal, mas qual o verdadeiro significado do Natal para o verdadeiro cristão?

O nascimento de Jesus é o cumprimento de uma promessa

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” Isaías 9.6

            O nascimento de Jesus não é um evento isolado no Novo Testamento e nem surge num vazio histórico. O nascimento de Jesus, registrado no Novo Testamento, é o cumprimento de uma promessa de Deus preanunciada desde os tempos do Antigo Testamento. Tudo começa com Gênesis 3.15, o protoevangelho, em que Deus anuncia o nascimento do descendente da mulher que pisaria na cabeça da serpente. Jesus é este descendente da mulher que pisou na cabeça da serpente. Em Gênesis 49.10 tem a promessa de um rei que viria da tribo de Judá, e Jesus é o leão da tribo de Judá. Há alguns Salmos messiânicos, tais como os salmos 22 e 110 que descrevem a vida, o ministério, o sofrimento, o sacerdócio e o reinado de Jesus. Jesus é o Rei-sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque. Na literatura profética há diversas referências a Jesus, e entre eles destacam-se os profetas messiânicos Isaías e Miqueias. Isaías 7.14 afirma: “eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”; Isaías 9 fala sobre o nascimento de um menino rei; e Isaías 52-53 apresenta Jesus como o Servo sofredor. Miqueias 5.2 aponta o local do nascimento de Jesus: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”.

            Mateus, ao narrar o nascimento, a vida e o ministério de Jesus, relacionou estes acontecimentos com as profecias do Antigo Testamento, demonstrando para nós que a chegada de Jesus ao mundo não se trata de um mero evento histórico, mas, um cumprimento de uma promessa de Deus. Desta forma, o nascimento de Jesus revela a fidelidade de Deus em cumprir seu plano de redenção da humanidade. O Natal é uma celebração do amor e fidelidade de Deus, que enviou seu Filho Jesus como uma dádiva para a humanidade. O nascimento de Jesus é a chegada de um Rei-redentor, o qual foi prometido no Antigo Testamento.

O nascimento de Jesus é uma mensagem de esperança

O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. Isaías 9.2

O nascimento de Jesus traz esperança para a humanidade. Num contexto marcado pela angústia, dor, sofrimento, opressão, desesperança, escravidão e escuridão surge uma luz, Jesus, o Emanuel. O nascimento de Jesus muda o cenário, e esta luz começa a incomodar aqueles que se acostumaram com as trevas, mas também fez ressurgir a esperança no coração de muitos que se encontravam escravizados e almejavam ser livres da opressão.

Assim, Jesus nasceu, e junto nasceu a esperança para o mundo. O nascimento de Jesus é o brilhar da esperança de uma nova vida para aqueles que creem.  Paulo, escrevendo aos Gálatas, afirma: “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” Gl 4.4,5. A plenitude do tempo chegou, Jesus nasceu, mas qual foi a reação das pessoas? Uns agiram com exasperação e ódio, que foi o caso do rei Herodes, que se sentiu ameaçado com o nascimento do menino rei. Jesus era da tribo de Judá e um descendente legítimo de Davi, enquanto Herodes não era nem judeu de sangue, assim, entendemos por que Jesus foi considerado uma ameaçada para a família real da província da Judeia. Outros agiram com indiferença em relação a Jesus, que é o caso dos escribas, fariseus e saduceus, os quais representam os religiosos cegos pelo legalismo e liberalismo. Mas alguns agiram com alegria, adoração e celebração ao receber a notícia do nascimento de Jesus, que foi o caso dos pastores: “Diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer […]Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado”. Lc 2.15,20. Os pastores assim agiram pois entenderam que o nascimento de Jesus era uma mensagem de esperança para o mundo.

Nos dias em que vivemos não é diferente, uma vez que as três reações podem ser também observadas. Há aqueles que reagem com incômodo e ira quando se fala do nascimento de Jesus; outros celebram o Natal, mas com total indiferença a pessoa de Jesus; veem nesta celebração apenas uma oportunidade para curtição, pois para estas pessoas, o que importa é a comida, a bebida e os presentes. Mas há os verdadeiros cristãos que, assim como os pastores da região de Belém, compreendem o verdadeiro significado do Natal.

            De fato, não existe Papai Noel, e ele não entrega presentes na madrugada de 25 de dezembro; mas existe um Pai do céu que nos deu o melhor presente, o seu filho Jesus, que é a nossa esperança, a nossa alegria e a nossa redenção. Guarde isso no seu coração. Que Jesus seja sempre lembrado não apenas nas noites de Natal.

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