Em meu peito renovado (parte 4) – Somente o Espírito!

Avivamento é Pentecostes, e o Pentecostes é transformação! refletimos sobre o fato de que nosso “peito renovado” nos obriga a repensarmos toda nossa teologia e nosso modo de ser “Igreja” no mundo. Assumimos que, muito embora, já tenhamos amadurecido o suficiente para não nos desgastarmos com debates infrutíferos ou ações discriminatórias de qualquer espécie, não podemos negar que: a renovação não foi aceita porque não se adequava ao modo de fazer teologia e nem de ser igreja no contexto onde estava inserida.

Não é possível falar sobre identidade sem refletir sobre “as nossas memórias e as nossas tradições”. O que nós vivemos e o que “experimentamos” não pode ser abandonado em nome de outras “tradições” que nos negam o direito de “produzir nossa teologia”.



A 5ª marca da Igreja

Desde que a Igreja começou a sua caminhada as pessoas estão preocupadas com a identidade. Por isso os nossos primeiros irmãos resolveram definir algumas marcas. Todas as pessoas poderiam saber, de forma bastante clara, quem eram os discípulos de Jesus.

A primeira marca é a “catolicidade! A Igreja não deve ficar restrita a um grupo de pessoas, com suas culturas. Ela é “universal”! Pessoas diferentes e em todos os lugares do mundo podem fazer a experiência da salvação em Jesus.

A segunda marca é a “apostolicidade”! A Igreja é apostólica, mas não somente porque segue a tradição dos primeiros apóstolos. Ela sempre será apostólica quando compreender que todas as pessoas que estão comprometidas com o reino de Deus são, igualmente, “mandados em missão”.

A terceira marca é a “santidade”! A Igreja é santa, em todas as épocas e lugares, porque se compreende separada de tudo o que opera contra a vida em toda criação! Ela sabe que não deve ser somente “separada” do mundo, mas também comprometida com o reino.

A quarta marca é a “unidade”! Há somente uma Igreja de Cristo, mas são várias tradições! Há uma maravilhosa diversidade: muitos modos de celebrar os cultos, muitas maneiras de organizar suas atividades, inúmeros estilos de lideranças e muito mais. Unidade não significa “uniformidade”, mas sugere respeito às diferenças.

Todas essas marcas estão presentes nas igrejas renovadas. Mas o nosso “peito renovado” considera fundamental apresentar uma 5ª marca: a pentecostalidade!

Toda igreja de Cristo é “pentecostal”. Essa “pentecostalidade” deve fazer a diferença em todo o seu modo de ser! A “pentecostalidade” é alegria, festa, trabalho colegiado, dons, ministérios, libertação, lutar pela justiça, profecias e muita comunhão. É valorização de cada pessoa que participa “da descida do Espírito Santo” e é chamada para testemunhar o amor de Deus ao mundo!


O 6º sola

Os renovados são crentes em Jesus Cristo e cheios do Espírito Santo caminham na “tradição reformada”. Essa tradição ficou conhecida como “protestantes”. Protestar significa ter sempre a esperança de que Deus tem algo a mais para as pessoas que confiam n’Ele. Não é apenas aceitar o que foi “recebido”, mas estar preparado para toda novidade do Espírito!

Os “protestantes” se identificam com 5 afirmações que marcam sua “identidade”.

Somente a “Graça”: viver não é tarefa fácil para todo mundo. As pessoas enfrentam muitos problemas: lares desorganizados, dívidas, doenças, guerras, fome, violência, exploração, medo, dúvidas, cansaço… Deus seja louvado, porque ele mostra o seu grande amor para com as pessoas sem exigir nada em troca. Não temos que fazer trocas ou favores para que ele nos ame! Ele mesmo é amor… pura graça!

Somente a “fé”:  nossas histórias, tradições, valores, cultura, mudam muito. Mas a obra maravilhosa do Espírito produz uma fé viva em nossos corações! As pessoas justas vivem sua fé no dia a dia, resolvendo problemas, sendo solidárias umas com as outras e promovendo esperança. O justo vive pela fé!

Vamos glorificar somente a Deus: com nossos testemunhos. Glorificar a Deus através do respeito à vida humana e em toda criação. Tudo o que Ele fez com tanto carinho e cada um de nós, que somos “sua imagem e semelhança”. Você glorifica o pai quando cuida bem dos seus filhos, glorificamos o artista quando cuidamos de suas “obras”.

Vamos amar as escrituras: palavra de Deus na memória de um povo de fé. Por mais que encontremos histórias inspiradoras, de homens e mulheres de fé piedosos, as escrituras serão sempre o ponto de referência para nossa caminhada. Elas são palavras que nos inspiram com segurança. O discípulo de Jesus guarda a palavra no coração!

Somente Jesus: amor e justiça de Deus. A vida cristã não é de “relativismos”! O critério de Deus já foi estabelecido. O que Ele quer de nós já está definido: para vencermos a morte, para vivermos a esperança, para superarmos as lutas, precisamos viver a vida de Jesus de Nazaré. Somente a humildade, somente a obediência, somente a vida de amor extremo e de serviço, nos mesmos moldes de Jesus, é que nos torna “agradáveis” a Deus.

E é aqui que o nosso “peito renovado” grita bem alto: somente o Espírito! Tudo o que nós vivemos e esperamos: nossa capacidade de glorificar a Deus, compreender as escrituras, testemunhar nossa fé, viver a vida de Cristo, experimentarmos a maravilhosa graça em nosso dia a dia, tudo isso só é possível pela “obra santa do Espírito”.

A renovação produz mudanças que não negam o recebemos, mas, com temor e respeito, nos permitem assumir que a “pentecostalidade” é uma marca viva e visível da Igreja que “vive o pentecostes”. O “Solus Espiritus Sanctus” é a nossa contribuição para identidade da igreja que quer “brilhar” e testemunhar ao mundo a “obra santa do Espírito”.

Ninguém detém…

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