“Até hoje Hebrom pertence aos descendentes de Calebe, filho do quenezeu Jefoné, pois ele seguiu fielmente o Senhor, o Deus de Israel.” Josué 14.14
O lema da IPRB para esse triênio (2023-2025) está fundamento em dois indissociáveis conceitos bíblicos: unidade e avivamento. Entendemos que o avivamento é um mover especial de Deus derramado sobre a Igreja com o propósito de purificar, santificar, vivificar, revigorar e capacitá-la para cumprir sua missão. Nossa amada Denominação é filha do avivamento. Fruto de um extraordinário mover do Espírito Santo. Por isso, podemos dizer que o avivamento é percebido como um acontecimento histórico e como alvo da constante busca do povo Renovado.
Nas Escrituras, Levítico é o livro que registra a liturgia cúltica de Israel. O livro apresenta de forma detalhada o itinerário do culto que os israelitas deveriam oferecer ao Senhor. No capítulo 6:8-13, encontramos recomendações destinadas, especificamente, aos sacerdotes em relação à Lei do Holocausto e o desafio de manter o fogo constantemente aceso sobre o altar. No contexto bíblico, o fogo era um símbolo da presença do Senhor e um instrumento de Seu poder. Como líderes Renovados pelo poder do Espírito Santo, devemos buscar constantemente o fogo do avivamento, pois temos a convicção de que o progresso da obra depende do mover sobrenatural do Senhor.
ENTREGAR O MELHOR NO ALTAR DO SENHOR
“O holocausto será queimado sobre o altar toda a noite até pela manhã, e o fogo do altar arderá nele” (Levítico 6:9).
O holocausto era uma oferta que estava diretamente relacionada ao culto individual dos israelitas. Na Lei mosaica, o holocausto representava dedicação a Deus e propiciação pelo pecado. Ao realizar esse sacrifício, o povo de Deus deveria oferecer animais domésticos selecionados, a partir dos critérios pré-estabelecidos pelo Senhor. O padrão da oferta exigido pela Lei requeria que os adoradores oferecessem no altar, o melhor que possuíam. A excelência era uma prerrogativa do culto: “Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem defeito” (Levítico 1:3).
O sacerdote era o responsável por manter o padrão de excelência do culto ao Senhor. Ele conduzia o povo a oferecer o seu melhor por meio do sacrifício do holocausto. Como líderes que valorizam e buscam o fogo do avivamento, devemos oferecer ao Senhor o melhor que temos, com o propósito de glorificá-lo. Somos desafiados, também, a conduzir o povo de Deus à vida espiritual abundante e a entregar no altar do Senhor um culto de excelência. Se quisermos vivenciar o mover sobrenatural do Espírito Santo em nosso ministério, precisamos servir a Deus com inteireza de coração e usarmos os dons e talentos que Ele nos confiou.
CONSERVAR O ALTAR LIMPO
“[…] e levará a cinza fora do arraial para um lugar limpo” (Levítico 6:11).
Era dever do sacerdote remover as cinzas que estava sobre o altar e levá-las para um lugar limpo, fora do arraial. Essa prescrição divina tinha o propósito de manter o altar em condições de uso constante. À medida em que o sacrifício era queimado, acumulava-se uma grande quantidade de cinzas sobre o altar, inviabilizando seu funcionamento ininterrupto, como havia sido orientado pelo Senhor. Essa tarefa sacerdotal era, portanto, determinante para o êxito do culto. Sem a correta remoção das cinzas do altar, o fogo apagaria e o culto ao Senhor seria interrompido.
Na perspectiva do Novo Testamento, o adorador e o altar se tornam um. Como líderes renovados pelo Espírito Santo, temos um duplo de desafio: 1) Manter o altar de nossa vida espiritual sempre limpo. Para tal, devemos ter a consciência de que somos o altar de Deus e, por isso, devemos mantê-lo devidamente limpo. Isto é, buscar uma vida de santidade. Precisamos, diariamente, retirar as cinzas remanescentes e eliminar tudo aquilo que está “sobrando” em nosso coração. 2) Ensinar o rebanho do Senhor que este ato é um imperativo do avivamento, que cada crente mantenha sempre limpo o altar de seu coração.
MANTER O FOGO DO ALTAR ACESO
“O fogo que está sobre o altar arderá nele, não se apagará; mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã” (Levítico 6:13).
De acordo com a ordem divina, era dever do sacerdote criar todas as condições necessárias para que o fogo do altar permanecesse aceso. Era sua responsabilidade prover a lenha para manter o altar em chamas. Para que o culto não fosse interrompido, o sacerdote deveria se empenhar para que a chama do altar não apagasse. Manter o fogo aceso implicava esforço contínuo. Dia após dia era necessário acrescentar lenha. O fogo no altar fora aceso originalmente por Deus e, era missão do sacerdote mantê-lo continuamente aceso. Nunca poderia ser apagado: “Porque o fogo saiu de diante do SENHOR” (Levítico 9:24).
As Escrituras nos ensinam que acender o fogo do avivamento é uma prerrogativa exclusiva dos Espírito Santo. O avivamento nasce no coração de Deus e, é Ele quem derrama sobre sua Igreja. Os crentes têm a responsabilidade de preparar o altar e alimentar as chamas que são acesas pelo Senhor. É nosso dever manter o fogo do avivamento aceso e podemos fazê-lo, por meio do exercício das disciplinas espirituais: oração, jejum e meditação na Palavra. Como líderes espirituais, a cada manhã temos o desafio de manter o altar do nosso coração em chamas e conduzir o povo de Deus a uma vida espiritual abundante.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Historicamente, o fogo do Espírito Santo é uma necessidade do povo de Deus. A IPRB entende que a busca pelo avivamento não é um modismo. Temos a convicção de que o movimento de renovação espiritual é um legado histórico da Denominação e, por isso continua sendo alvo de nossa busca constante. Como fruto de um avivamento, acreditamos que os momentos de maior relevo da Igreja de Cristo em toda sua história aconteceram em épocas do mover sobrenatural do Espírito.
O fervor espiritual tem impulsionado a obra Renovada, desde o seu nascimento. Entendemos que a promessa do derramamento do Espírito Santo é supratemporal, isto é, já se cumpriu na Igreja Primitiva e tem se cumprido no decorrer de toda a história. Neste sentido, cremos que o Senhor tem preparado um extraordinário mover para a Igreja em nossos dias. Gostaria que todos os pastores, pastores auxiliares, líderes e membros da IPRB, façam do avivamento um alvo de constante oração. Vamos clamar ao Senhor por uma grandiosa visitação do Espírito Santo no arraial Renovado.
Somos uma Igreja Unida e Avivada!