Reflexão com base em Daniel 10: 19
AVIVAMENTO TRAZ ARREPENDIMENTO
“A profundidade de qualquer avivamento será determinada precisamente pela profundidade do espírito de arrependimento que o produziu.”
O AVIVAMENTO TRAZ HUMILDADE
É preciso que sejamos humildes aos nossos próprios olhos, pois o fracasso ou o sucesso, em última análise, dependerá disso. Caso nos consideremos importantes, já estamos derrotados. Deus sempre procurou um povo humilde. Ele não pode usar outro tipo de pessoa. Martinho Lutero, o grande reformador, escreveu: “Quando o Senhor Jesus diz ‘ARREPENDA-SE’, Ele quer dizer que toda a vida do crente na terra deve ser um constante e permanente arrependimento”.
AVIVAMENTO TRAZ RELACIONAMENTO
ÍNTIMO COM DEUS
Precisamos de um relacionamento mais íntimo, vivo, pessoal, e comunhão maior com Deus. Só o homem que vive em comunhão com a realidade divina está habilitado a levar as pessoas a Deus. Daniel recebe o fardo de seu povo sobre os ombros, um homem de lágrimas. O povo havia se esquecido de Jerusalém e do lugar de oração e as pessoas se mostravam pouco interessadas em adorar e servir a Deus. Parecia que o povo de Deus estava com o coração “cauterizado” e todos viviam uma vida tomada pela apatia e pelo adormecimento espiritual.
Assim como hoje, quando a maioria dos cristãos não quer aumentar sua carga de oração. Muitos crentes acham mais fácil criticar a orar. Mas, como os profetas de antigamente, precisamos orar por aqueles que não oram por si mesmos. Precisamos confessar os pecados do povo. A carne, naturalmente, reluta diante de tão árduo sacrifício. Os gemidos não são muito populares em algumas igrejas, assim como não são agradáveis os brados de uma mulher dando à luz. A angústia na intercessão não é companhia agradável para os que estão conformados e acomodados em uma vida egoísta no mundo. E as igrejas não querem ouvir os gemidos da intercessão. Estão muito mais preocupadas em se divertir. Envolvem-se em ativismo desnecessário ou implantam inovações que tomam o lugar daquilo que deveria ser primazia. A verdadeira intercessão com angústia de alma é tão nítida no espírito quanto as dores de um parto natural. A semelhança é quase perfeita. Nenhuma alma jamais renasce sem esse processo.
Todos os avivamentos de salvação vêm dessa maneira. Os fardos do povo de Deus precisam pesar em nossos corações. Jamais seremos verdadeiros PASTORES E OBREIROS, INTERCESSORES a não ser que sintamos as aflições do povo sobre nossos ombros. As tristezas do nosso Senhor devem estar sobre nós. Devemos estar no Jardim do Getsêmani com Ele. “O penoso trabalho da sua alma” deve estar sobre nós. Devemos temer, como Ele temeu, que não viveria para ver as respostas das orações e lágrimas pelo avivamento. Uma vida de oração é muito mais importante do que prédios e organizações. Mas, às vezes, esses interesses substituem a oração. Entretanto, as almas entram no reino só através de orações. As orações não podem ser normais, mas devem ser sopradas pelo Espírito de Deus.
O AVIVAMENTO DESTRÓI BARREIRAS
DENOMINACIONAIS E OS PARADIGMAS
A operação de Deus em nossos corações deve ser mais profunda do que jamais experimentamos, suficientemente para destruir as barreiras denominacionais, partidárias, apegos a títulos e a reconhecimentos. Deus tem usado muitos homens, de diversas denominações, mas às vezes olhamos para tudo isso com um olhar crítico, ao invés de reter o que é bom e esquecer o que não concordamos.
“Deus é quem aperfeiçoa aqueles que Ele mesmo escolhe.”
O AVIVAMENTO TRAZ OS DONS
Devemos buscar o dom da fé, o discernimento de espíritos, a cura e a profecia. Precisamos de mais sabedoria e também de amor. O dom da fé, para efetuar grandes milagres, pois em nossas igrejas deveriam ser notórios os milagres e maravilhas. Precisamos da fé para que venha o avivamento. Temos de profetizar a respeito das grandes coisas que estão por vir. Realizarmos atos proféticos em nossas igrejas e no presbitério. Uma misteriosa e poderosa mobilização no mundo espiritual está às portas. Temos de ter a sensação de “céu aqui na terra” com a certeza de que o sobrenatural existe e em sua plenitude em nossas igrejas. Muitos que agora são cristãos silenciosos liderarão movimentos. Devemos buscar os sinais e maravilhas. Mc 16:17
John Wesley orou assim: “Senhor, manda-nos o antigo avivamento sem seus defeitos; mas, se não for possível, manda-o de volta com todos seus defeitos. Precisamos de avivamento.”
O AVIVAMENTO TRAZ HUMILDADE
E, CONSEQUENTEMENTE, A UNIDADE
Deus usa os mais humildes e às vezes desprezíveis. “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” Uma carga de dinamite não produz o produto final, mas ajuda a soltar as pedras que depois serão transformadas em monumentos pelas mãos talentosas do escultor.
Assim são aqueles que Deus levanta para revolucionar. Não queremos uma igreja poderosa que influencie e manipule o poder humano, mas queremos uma igreja que transforme pessoas mediante o poder do sangue de Cristo. O conceito muda, damos a Deus sem esperar receber, agradamos a Deus e não a nós mesmos. Quando houve o grande avivamento na rua Azuza em Los Angeles, Califórnia, em 1906 , liderada por William Joseph Seymour, as pessoas se preocupavam em viver o amor de Deus. Nenhum pregador ousava criticar igrejas, pastores , denominações. O Espírito Santo não lhes dava tempo de pensar, falar ou ouvir mal de nenhuma criatura. Não precisavam se defender em meio às perseguições. O Espírito Santo se encarregava de tudo. O Espírito direcionava o conteúdo das pregações.
Na Igreja da Rua Azuza não havia instrumentos, nem precisavam deles, tudo era espontâneo, o poder de Deus os enchia e os comovia com cânticos espirituais. Havia pregação espontânea e apelos ao altar para salvação, santificação e batismo no Espírito Santo. Quando há unção e a glória de Deus está sobre o ministério pastoral e na igreja, Deus mesmo se encarrega de fazer o apelo e as pessoas são impactadas debaixo da nuvem da glória de Deus.
O AVIVAMENTO TRAZ SANTIDADE
Daniel, à semelhança de Isaías, teve seus lábios tocados, e começou a profetizar pela unção e poder de Deus. Daniel foi profundamente quebrantado. Seu corpo se enfraqueceu. Daniel caiu prostrado diante do ser celestial, diante da manifestação da glória de Deus. A glória do Senhor é poderosa demais para um frágil ser humano suportar. Daniel se humilhou diante de Deus. Nós temos feito o mesmo hoje? Daniel tinha joelhos que se curvavam quebrantados diante de Deus. Enquanto a Igreja ora, trava-se uma batalha nas regiões celestiais, há uma guerra em andamento entre os anjos de Deus e os anjos de Satanás.
De fato, a santidade traz a unção e, a unção, autoridade.
Precisamos ver o nosso povo dando glória a Deus, falando em línguas estranhas, profetizando. É urgente e necessária a manifestação dos dons , curas, milagres e maravilhas.
Vejamos um relato de um morador próximo a um dos locais de reunião de Seymour:
“Eles gritaram três dias e três noites. Era época da Páscoa. As pessoas vinham de todas partes. Na manhã seguinte não havia como chegar perto da casa. Assim que as pessoas entravam, elas caíam sob o poder de Deus, e a cidade inteira se comoveu. Gritaram tanto que a base da casa cedeu, mas ninguém ficou ferido. A separação racial foi quebrada, famílias brancas começaram a participar e serem batizadas com o Espírito Santo. Nenhum instrumento musical foi usado. Pois não eram necessários. Um coro de anjos foi ouvido por alguns, no espírito. Nenhuma oferta foi recolhida. Nenhum anúncio foi escrito para divulgar as reuniões. Nenhuma organização eclesiástica estava por trás disso. Todos que estavam em contato com Deus, logo que entravam nas reuniões percebiam que o Espírito Santo era o líder.”
A primeira edição da Fé Apostólica afirmou uma reação comum para a revitalização dos visitantes: “Pregadores orgulhosos e bem vestidos vêm para ‘investigar’. Logo o seu aspecto importante é substituído com assombro. Então vem a convicção de que, muitas vezes, num curto espaço de tempo você irá encontrá-los chafurdando no chão sujo, pedindo perdão a Deus e se tornando como criancinhas.”
Ó Senhor, aviva a tua obra!