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Em meu peito renovado (parte 4): o encontro da tradição e da pentecostalidade!

Em cada etapa de nossa vida nos questionamos a respeito de nossa identidade. Isso porque precisamos de autoafirmação, saber quem somos, traçar nossos objetivos, verificar se estamos em evolução, definir o quanto e como ainda queremos desenvolver. 

Rememoramos momentos alegres e tristes, imagens da nossa infância, dos cheiros, sons, cores e sabores, nossas tradições trazem sentido pra vida.

Nossas tradições e memórias nos identificam, ao mesmo tempo que somos capazes de novidades. Tudo isso pode mudar nossas opiniões e nos organizar de maneira totalmente diferente! Estamos falando de mudanças e de como nos preparamos para enfrentá-las.

O evangelho (Lucas 5:36-37) apresenta esse dilema da seguinte forma: vocês não devem cortar um pano novo para fazer o remendo em uma peça de roupa velha, o resultado pode ser um grande prejuízo. Não conserta a roupa velha e ainda perde a peça de roupa nova! Vocês não conciliaram para sempre e deverão fazer uma opção. Da mesma maneira não dá pra ficar economizando o tempo todo, uma hora é necessário adquirir vasilha nova pra guardar o vinho.

Não podemos andar despidos porque teríamos problemas com as mudanças de tempo e nem mesmo precisamos parar de fazer festas porque as vasilhas não são mais adequadas para guardar os alimentos. Podemos viver algo totalmente novo ao aperfeiçoarmos a arte de fazer panos e de como costurá-los, produziremos novos vinhos e faremos vasilhas novas e mais eficientes para guardá-los.

A igreja tem suas memórias, constrói suas tradições e vive os dilemas de estar no mundo Ao mesmo tempo, experimenta a beleza e a criatividade do Espírito que sopra onde e como quer. No entanto, busca fidelidade ao projeto do reino de Deus vivido por Jesus de Nazaré.

Os nossos peitos renovados estão entre a dinâmica de diversas tradições protestantes. Embora com destaque para as presbiterianas e pentecostais, também somos devedores aos batistas, metodistas e tantas outras experiências da fé cristã. A renovação resgata, ao seu tempo e do seus modos, a fidelidade à fé trinitária. Na qual o Pai, o Filho e o Espírito devem ser igualmente adorados. E isso significará, dentre outras peculiaridades, que o calvário e o pentecostes são, igualmente, nossos fundamentos. 

Chamamos a atenção pela vivência da pentecostalidade! Mas, o compromisso com Pentecostes não é privilégio daqueles que são denominados “pentecostais” ou do “pentecostalismo”. A pentecostalidade é o mover contínuo do Espírito na Igreja e no mundo.

A renovação não é apenas a tentativa de fazer uma emenda em alguma tradição. Não somos apenas presbiterianos que “bate palmas”, ou pentecostais que sabem a “hora de pular”! Somos uma expressão singular da pentecostalidade! Homens, mulheres, crianças, juventude e melhor idade, no poder do Espírito Santo são preparados para o exercício dos ministérios que forem necessários para cumprirmos a missão que nos foi designada.

Nossos peitos renovados não desprezam suas memórias, pelo contrário, encontram nelas o testemunho dinâmico de um fé que vence desafios porque é capaz de ir adiante do seu tempo e trazer o totalmente novo para a história. Nossa pentecostalidade não está nos panos, novos ou velhos, e nem nas vasilhas, mas na capacidade de sermos bons costureiros e de fazermos bons vinhos.

Ninguém detém, aleluia, é obra santa!!!!

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