“E a ciência (medicina) se multiplicará” (Daniel 12:4)
Todos os segmentos, sejam eles religiosos, políticos ou seculares, enquadram-se, perfeitamente, no contexto das palavras do livro de Daniel, profeta do exílio, escrito por volta do ano 530 a.C. À luz desse trecho bíblico, cada dia há inovações sobre o avanço da medicina, como resposta às carências do ser humano. Do ponto de vista bíblico-teológico, o corpo do cristão, por exemplo, é templo do Espírito Santo, lugar sagrado que precisa de cuidados, tanto físicos como espirituais (1Coríntios 3:16-17).
Ninguém discordaria de que as descobertas da medicina, como ciência que trata da saúde e visa combater as doenças e moléstias, bem como manter o padrão de qualidade de vida e promover o bem-estar da humanidade, está patente aos nossos olhos. Diante dessa realidade, desafiamos o leitor a considerar três aspectos relevantes, a partir desse enunciado bíblico-profético (Daniel 12: 4), a respeito da importância da medicina como recurso que ajuda aumentar a expectativa de vida.
O progresso da medicina é uma graça divina
Conforme previsto pelas Sagradas Escrituras. Ou seja, essa ciência só tem conseguido grandes conquistas e avanços a favor da saúde porque a Bíblia fala de sua evolução e dinâmica. Por isso, somos devedores e gratos aos médicos-profissionais da saúde que têm cuidado da nossa vida físico-emocional. Sem eles, a vida ficaria mais curta e sofrida. A multiplicação da medicina como ciência biológica é, sem sombra de dúvidas, providência de Deus.
A Bíblia diz que é o Senhor Deus quem concede ao homem sabedoria, e da sua boca procedem a inteligência e o discernimento (Provérbios 2:6). Então, sabedoria, inteligência e discernimento são requisitos ou ferramentas indispensáveis, não somente ao profissional médico, mas a qualquer pessoa no exercício de sua profissão. Não basta a teoria estudada em uma universidade, o canudo recebido ao final de um curso, o aprendizado adquirido por meio de leitura etc. Tudo isso é bom e necessário, mas não é o suficiente para a eficiência da prática daquilo que se aprende.
Não se faz medicina sem o auxílio do médico dos médicos
Jesus, criador e provedor de todas as coisas. A Bíblia afirma: “Porque sem mim (Jesus) nada podeis fazer” (João 15:5). Nesse sentido, o elemento fé funciona como “elo” entre Deus e o ser humano no processo de tratamento e cura do físico-espiritual. Ou seja, pela fé Jesus cura os enfermos e realiza milagres, porém, ele não condenou a atitude de alguém ir ao médico nem de fazer uso de remédios farmacêuticos ou caseiros.
Sim, ele é o médico por excelência! No entanto, os médicos são necessários e cada um tem sua especialidade, para atender e beneficiar a todos. Todavia, o próprio Jesus reconheceu que as pessoas doentes precisam de médicos, e ele mesmo enalteceu o talento e o serviço desses profissionais quando afirmou: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mateus 9:12). Perceba o leitor que o Mestre deixou bem evidente que os doentes dependem dos médicos.
A medicina cuida, especificamente, do aspecto físico do ser humano
Isso abrange parte da missão holística do Evangelho. Quer dizer, corpo, alma e espírito são elementos de sua terapia e missão evangelística. Sim, a Palavra de Deus é poderosa e consegue atingir (penetrar), exclusivamente, a alma e o espírito, que são carentes da bênção de Deus (Hebreus 4:12). Nesse sentido, como complemento, o cuidado e proteção com o corpo ficaria por conta da medicina, como parceira das Boas-Novas.
Em outras palavras, o Evangelho integral busca atender todas as carências do ser humano. Ledo engano quem pensa que Deus está preocupado apenas com a parte espiritual do homem. Evangelização que não se preocupa com o homem total (corpo, alma e espírito) não tem respaldo bíblico. Por isso, a igreja deve ser na prática um hospital, um abrigo, um asilo, uma escola, um lugar de abastecimento (alimento) físico-espiritual. Para isso, ela precisa se valer dos recursos e elementos humanos (profissionais) para salvar o perdido (Lucas 19:1).
Assim, fazendo um print atualizado do assunto em foco, queremos parabenizar a turma de formandos do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), que colou grau em 10/08/23, inclusive, a Dra. Rebeca Souza Santos, filha do casal, Sônia e Moacir, da IPR de Jequié, BA, cujo matrimônio tivemos o privilégio de celebrar, em 1990. Dessa forma, nosso desejo é que cada um (a) seja um instrumento de Deus para abençoar a saúde de milhares de pessoas no exercício dessa sublime vocação-profissão.