Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. Jo 21.16b
Algumas perguntas veem a mente ao findar de um ano de labor, que tentam dirimir as expectativas eclesiásticas para o próximo ano: Quais serão as estratégias utilizadas? Quais os modelos que iremos seguir para a consolidação e crescimento eclesiástico? Quais são os empecilhos na gestão eclesiástica?
O que impede essa igreja de ter um crescimento orgânico e saudável? Quantas pessoas iremos alcançar e discipular nesse próximo ano? Que farei para desenvolver uma espiritualidade cristã autentica na igreja? O que eu preciso mudar para que isso aconteça? Quais são os aspectos fortes e fracos dessa comunidade de fé? Que alimento espiritual estarei oferecendo para um crescimento sustentável e integral? Qual será o empenho em estudar para melhorar a qualidade teológica e espiritual das prédicas oferecida a comunidade de fé?
Ao findar de cada ano geralmente se faz uma reflexão crítica para analisar os acertos e erros executados na gestão eclesiástica. Portanto, almeja se elaborar um planejamento eclesiástico eficaz e produtivo. Vem a pergunta o que fazer? Qual é o mapa a seguir? Que planos e ações serão desenvolvidos para se alcançar os objetivos eclesiásticos?
Você como um bom gestor eclesiástico deve querer alcançar as respostas há estas inquirições interiores e exteriores.
Segundo Campanhã (2013, p.47) “é preciso fazer um levantamento de todas as necessidades da igreja ou organização. Este item precisa ser divido em duas partes: necessidades das pessoas e necessidades da igreja ou organização como instituição”.
De acordo tais perspectivas é aqui onde muitos líderes não querem receber uma avaliação de todo o seu empenho, em suprir as necessidades das pessoas e da igreja, pois muitas vezes no seu entendimento está tudo bem, sendo uma visão parcial e tendenciosa da liderança. Há uma urgência de quebrar esse paradigma e ressignificar a gestão eclesiástica.
Para começar a jornada deve se utilizar instrumentos que possam mensurar os pontos fortes e fracos da gestão expõe a realidade da escassez vivenciada da comunidade de fé e liderança. Não se pode focar somente nos membros da igreja local, deve ter uma visão global em ouvir e diagnosticar as carências da sociedade.
A sugestão é o uso de uma pesquisa em loco, com questões objetivas, onde fará o levantamento para encontrar as respostas as necessidades.
Conforme Campanhã (2013, pgs 60,61), “Quais são as maiores necessidades das pessoas que integram a igreja? Quais são as maiores necessidades das pessoas não cristãs que a igreja quer alcançar? Quais são as maiores necessidades da igreja, do ponto de vista de objetivos”.
Assim a resposta a primeira questão é que a maioria das comunidades de fé enfrentam o problema comum que é a falta de uma membresia qualificada para cumprir a missão da igreja. Há uma falta de investimento em treinamentos para equipar a membresia com a capacitação bíblica. A pergunta é: Qual é a minha função como membro de Cristo? Quais são os meus dons e talentos que posso empenhar na obra de Deus?
Você como gestor eclesiástico deve ser um facilitador, para que as pessoas desenvolvam o seu ministério como discípulos de Jesus Cristo sendo o sal da terra e a luz do mundo.
A resposta a segunda questão é fazer uma leitura da sociedade, para compreender suas necessidades sociais, econômicas, relacionais e espirituais.
Nessa sociedade líquida, onde impera as desconstruções dos valores morais, sociais, éticos. O egocentrismo acentua uma consciência relativista, portanto, as relações perdem os seus significados primários.
A vida é muito mais do que ter objetos, alcançar os desejos do coração, a vida é simples, os seres humanos precisam se sentir amados e pertencentes a comunidade de fé.
A terceira questão é ponderar as questões físicas e orgânicas dessa instituição.
Esses dois aspectos não podem ser negligenciados, pois o que a instituição oferece fisicamente para acolher as pessoas? Se o homem é um ser relacional, quais são as atividades desenvolvidas para fortalecer os vínculos na comunidade de fé.
Quais são os valores a respeito do ensino bíblico e aos treinamentos de novos lideres servidores? Como se acolhe os novos membros? Os membros conseguem se conectar e interagir gerando um ambiente de comunhão? Todos sabem qual é a sua missão como cristã? Como desenvolver uma espiritualidade saudável? Há empenho dos membros no voluntariado para cumprir a missão da igreja? Existe um discipulado transformador e multiplicador?
Concluindo que o Eterno Deus nos de sabedoria e graça para vencer esses grandes desafios da liderança servidora, levarem todos os membros a serem discípulos integrais de Jesus Cristo. A clareza do Evangelho deve respaldar suas ações e intenções para consolidar uma igreja sustentável e saudável.
Bibliografia:
ALMEIDA, Bíblia de estudos da Reforma. 2ª edição. Barueri-SP, Sociedade Bíblica do Brasil,2017.
CAMPANHÃ. Josué. Planejamento estratégico: como assegurar qualidade no crescimento de sua igreja. 1ª edição. São Paulo – SP: Editora Hagnos, 2013.