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A vida diária e a espiritualidade do pastor

“E o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos orar segundo a vontade de Deus, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que não podem ser expressos em palavras”. (Romanos 8.26)

Quando leio o texto de Romanos 8 vejo a vida cristã, sobre tudo o ministério pastoral encarando um de seus maiores desafios. O de equilibrar a vida segundo a carne e a vida segundo o espírito. De um lado trabalho, agitação do dia-a-dia, as pressões externas, os relacionamentos humanos, e do outro lado a vida de fé, devoção, reflexão pessoal, oração, leitura bíblica e a prática de todos os demais meios de graça que vão nos edificar, nos suprindo as necessidades da alma.

Não entendo espiritualidade apenas como os conflitos interiores que sofremos na nossa vida cristã, ou  apenas quando estamos fazendo alguma relacionada ao templo ou ao exercício do ministério seja ele qual for.  Espititualidade Cristã e nesse caso, a espititualidade postoral não pode ser entendida apenas como as obrigações ou deveres que tenhamos como pastores e líderes.

O pastor não pode achar que espiritualidade se restrinja apenas a sua vida intima ou privada. É preciso compreendermos e estarmos comprometidos com a fé que vivemos em Cristo. Se de fato compreendemos assim, nossa espiritualidade é justamente a harmonia da vida que vivemos na carne e a vida que vivemos no espírito e não apenas os constantes conflitos que possam existir entre elas, aliás esse conflitos são inevitáves na nossa espiritualidade.

Sou pastor e não sou espiritual apenas quando leio a Bíblia, jejuo, congrego ou canto em louvor a Deus, o sou também, quando estou no lazer, quando compro, ou vendo, trabalho ou me relaciono como marido, pai, filho, vizinho, com ovelhas, colegas e com Deus. A nossa verdadeira espiritualidade está revelada não apenas no que fazemos ou deixamos de fazer, mas acima de qualquer coisa, nossa espiritualidade é a soma de todas as nossas ações com o que ou quem realmente somo diante do Senhor.

Quero afirmar que nossa espiritualidade não se restringe à nossa liturgia, mas em todo nosso modo de viver. Nossa espiritualidade não se revela apenas na nossa liturgia, mas também e principalmente, em todo nosso modo viver, nosso espiritualidade deve ser percebida na vida além púlpito naquilo que nosso em Cristo no nosso dia-a-dia.

Somos ministros de Deus. Somos pastores sobre o rebanho do Senhor e como pregadores precisamos enteder que nossa espiritualidade não está apenas na nossa liturgia, mas no nosso modo de viver, agir e pregar. Temos o titulo de pastor e pregador e nossa espiritualidade deve ser percebida também na nossa vida além-púlpito. Espiritualidade deve ser a soma ou resultado da obra de Cristo por e em nós.

Diante do entendimento de  espiritualidade chego á conclusão  que não existe vida espiritual séria se não houver um relacionamente sério e estreito entre mim e o meu eterno Senhor por meio da oração. Em conformidade com tudo que  tenho escrito até aqui, a oração não pode ser apenas um assunto que falamos, pregamos ou pensamos. A oração precisa ser  um estilo de vida no nosso relacionamento com Deus, bem como nos nossos relacionamentos interpessoais.

A oração e espiritualidade são inseparáveis, ou melhor, a compreensão do valor e a prática da oração no nosso relacionamento com o Senhor Jesus vai revelar se somos falsos ou verdadeiros cristãos, se somos dissimulados e sinceros servos de Cristo.

Essa afirmação que acabo de fazer, a faço com base nas palavras de Judas no verso 20: Edifiquem-se, porém, amados, na santíssima fé que vocês têm, orando no Espírito Santo”. O que Judas faz nesse verso é um contraste entre os falsos cristãos e os verdadeiros, os falsos não têm uma correta espiritualidade, enquanto aqueles são verdadeiros e nutrem um relacionamento com Cristo e uns com os outros no seu dia-a-dia, edificando um ao outro na oração no poder do Espírito Santo. A exortação de Judas é que a igreja pratique uma espiritualidade correta na sua vida diária com Deus e em comunhão uns com os outros e orando no poder do Espírito.

Concluo fazendo uso das paalavras do Apóstolo Paulo em Romanos 8.26 que diz: “E o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos orar segundo a vontade de Deus, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que não podem ser expressos em palavras”.  Viver a vida em Cristo é totalmente possível orando no poder do Espírito Santo, que habita em nós, nos orienta, ilumina, fortalece, capacita e ora por nós nas nossas fraqueza e tendências carnais. Isso é ESPIRIRITUALIDADE.

Que Cristo nosso Senhor em sua imensurável e irresistível graça abençoe cada um juntamente com suas preciosas famílias.

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