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Não havia lugar para ele

“E ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lucas 2: 7).

É sabido de todos que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro, data bastante conhecida e lembrada por nós. Este dia em que fazemos a comemoração ao nascimento de Jesus foi fixado no Sé­culo V. É uma verdade que dispensa comentários. É bem provável, porém, que Jesus tenha nascido na primavera de maio-junho. No entanto, nada impede que nesse dia se comemore o Natal de forma adequada e bíblica, pois se trata de um momento festivo e bíblico, para reunir as famílias e amigos.

A Bíblia narra com bastante clareza o nascimento de Jesus. No tex­to de Lucas 2: 1-7, o evangelista diz que José e Maria tiveram de ir a Belém, cidade que se localiza aproximadamente a 10 km ao Sul de Jerusalém, onde há mais de 1.000 a.C. nascera o rei Davi. Na­queles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, ordenando o recenseamento em todo o Império Romano. E isso precisava ser obedecido por todos, independentemente da situação, inclusive por José e Maria.

Estando eles em Belém, cumpriram-se os dias em que Maria ha­veria de dar à luz seu primogênito, o que veio a acontecer. Tendo nascido o menino Jesus, Maria o enfaixou e o colocou numa man­jedoura. Lucas é bem preciso quando diz que a atitude de Maria em colocar a criança numa manjedoura, “após o nascimento”, foi em virtude de não haver lugar para eles em nenhuma hospedaria. Então, não estaria correto dizer que Jesus nasceu numa manjedou­ra (vv. 6- 7).

Fica a pergunta: Por que o evangelista Lucas disse que não havia lugar para eles na hospedaria ou hotelaria? Seria essa uma situação comum em Belém naqueles dias? Quais teriam sido as razões que o levaram a fazer essa afirmação, sendo que os demais evangelhos nada falam sobre esse detalhe? Podemos tirar desse fato alguma lição pedagógica e espiritual para as nossas vidas? Estaria o evan­gelista certo de sua afirmativa de que não havia lugar para Jesus na hospedaria? Por quê?

ESTARIAM TODOS OS LUGARES OCUPADOS?

Belém estava movimentada por causa do recenseamento. César Augusto havia ordenado o alistamento e todos teriam de se apre­sentar à sua própria cidade. José e Maria, obedientemente, subiram para Belém. Viagem difícil, vagarosa, porque Maria estava prestes a dar à luz seu primeiro filho. A situação era incômoda, séria e me­recia todos os cuidados necessários. Passos apressados passavam à frente e iam ocupando todas as poucas acomodações na pequena cidade.

Ao chegarem a Belém, não encontraram abrigo. Tudo lotado. Ma­ria pressente que a criança estava por nascer. José sai apressado, de porta em porta, e nada conseguia. O texto é enfático em dizer que não havia lugar para eles na hospedaria. A resposta era sempre a mesma: “Aqui não tem vaga”, “todos os quartos estão cheios”. A cidade inteira está movimentada. Trazendo este fato para nossos dias, também hoje não tem havido lugar para Jesus em muitas vi­das.

A mente, o coração, o tempo, a vida, enfim, tudo tem sido ocupado com preocupações e prazeres, vícios e diversões, negócios e políti­cas, vaidades e futilidades, tudo tomando o lugar de Jesus em mi­lhares e milhares de pessoas. Quantos têm dado o melhor de si para tudo, menos para Deus. De fato, Jesus não tem encontrado lugar para nascer em muitas vidas. Não estaria você, leitor (a), também deixando de dar lugar a Jesus em seu coração? Pense seriamente nisso. Ele quer nascer e fazer morada em você. Para isto, renda-se ao Senhor: “Entregar o teu caminho ao Senhor, confia nele, e ele tudo fará” (Salmo 37: 5).

ESTARIAM AS PESSOAS ATENTAS AO ALISTAMENTO?

O recenseamento ordenado por César Augusto tem certa seme­lhança com o trabalho de levantamento da população brasileira efetuado pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti­ca. Cada pessoa tinha de ir alistar-se em sua própria cidade. Era um fato obrigatório, semelhante ao dia de eleições em nossa cida­de. A atenção de todos estava presa ao alistamento. Não era uma época de festa, de encontros familiares ou de recreação. Assim, o nascimento de Jesus não era um fato que despertava interesse à população.

Ninguém estava preocupado com isso, pois era apenas mais um que iria nascer. Maria não teve o acolhimento necessário numa hora em que tanto precisava. O nascimento de Jesus não era atra­ção para o momento. Aprendemos com isso sobre o perigo de nos prendermos às coisas deste mundo. A Bíblia recomenda: “… dei­xemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia […], olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da fé” (Hebreus 12: 1-2).

Advertindo a Igreja sobre sua vinda, Jesus disse que, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem: “Co­miam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca” (Mateus 24: 38). Noé pregava o juízo de Deus que estava para ser derramado, mas o povo estava com a atenção voltada para a vida presente. A mensagem desse repórter de Deus não teve valor algum naqueles dias. Mas o juízo chegou tal como Noé havia pregado.

ESTARIAM TODOS FAZENDO O MESMO HOJE?

Sim, não é diferente em nossos dias. Apesar de vivermos na era do avanço tecnológico, liderada pela informática e de grandes desco­bertas, os dias são difíceis para o povo que tem esperança de uma vida melhor. O homem precisa melhorar seu relacionamento ou sua forma de falar com Deus e com o próximo. Precisamos estar alerta quanto ao comodismo, frieza espiritual e negligência para com a obra do Pai. As pessoas estão presas à vida terrena, esque­cendo-se de que têm uma alma a dar contas a Deus.

Paulo conclama-nos: “Pensai nas coisas que são lá de cima, e não nas que são da terra” (Cl 3: 2). O Natal pode ser uma oportuni­dade de aproximação entre familiares, onde o espírito de amor, paz e harmonia precisam ser vivenciados em um clima familiar. É também uma real oportunidade para, com mais ênfase, relembrar quem é Jesus para nós e o quanto Ele sofreu quando esteve na terra e foi crucificado para salvar a humanidade, que se encontra tão distante de Deus.

Que eu e você tenhamos a data do Natal como uma grande opor­tunidade, não de aproveitamento para tirar vantagens materiais e espirituais, mas de nos tornamos mais gentis, mais amorosos, mais sensíveis, mais solidários, mais cordiais, mais empáticos, mais sim­páticos, mais colaboradores, mais justos, mais próximos do pró­ximo e muito mais gente. Os pais de Jesus não encontraram lugar para que seu filho pudesse nascer. Mas que, em pleno século XXI, Jesus nasça todos os dias em nossos corações.


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Do livro “Vida, Deus se Importa com ela!?
reflexão 51, página 315, devocional ano-semanal, de 332 páginas.

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